domingo, 20 de fevereiro de 2011

Como descobrir se sua operadora ou provedor banda larga limita sua conexão através do uso do Traffic Shaping?

1. O que é Traffic Shaping?
A grande maioria dos usuários de internet não percebem isso ou não se preocupam, mas uma pequena parcela deles, aqueles que fazem downloads grandes via protocolos de transferência, já notaram que em determinados horários ou para determinadas funções a internet fica muito mais lenta. Há uma estimativa que cerca de 10% dos usuários de internet no Brasil são responsáveis por 80% do tráfego de dados nas redes do país (os chamados heavy users). Ou seja, sobram mais ou menos 20% de banda para a grande maioria dos usuários.
Pensando nisso, as provedoras de acesso à internet – ISP, do inglês Internet Service Provider – começaram algumas formas de moldá-lo, limitando o tamanho da banda para os protocolos que usam mais a rede, que são basicamente os de transferência de arquivos grandes. Esses são os protocolos P2P, como do Emule ou do Ares Galaxy, ou os Torrent utilizados amplamente por muita gente. Alguns provedores limitam inclusive a transmissão de arquivos via FTP, outro tipo de protocolo, usado para fazer transferências entre servidores.

2. Como saber se a minha operadora/provedor usa o Traffic Shaping?

Este tipo de prática é chamado de Traffic Shaping, o que significa literamente modelação de tráfego. Os provedores negam a prática por ela ser ilegal e camuflam muito bem a forma como isso é feito. Mas isso acontece para garantir que a maior parte de sua rede, que não utiliza esses protocolos de transferência ou não fazem downloads pesados, possa ter um acesso tranquilo a seu email, aos blogs que lê e até mesmo poder ver alguns vídeos no Youtube.

A primeira coisa que você deve fazer é testar sua conexão para saber se ela realmente está sofrendo com Traffic Shaping. Existe o projeto Glasnost que testa sua conexão atrás de limitações. Para fazer isso, basta visitar a página do serviço neste link aqui e clicar no botão “Start Testing”.

O teste demora aproximadamente oito minutos e verifica se a provedora limita acesso ao protocolo BitTorrent. Caso comprove isso, você pode alterar algumas configurações de seus programas de transferência de arquivos.

3. Meu provedor/operadora faz Traffic Shaping e agora?

É claro que existem questões contratuais para obrigar os provedores a oferecer sempre o pacote de dados vendido. Porém, todos os contratos oferecem cláusulas dizendo que uma velocidade mínima de acesso é garantida, geralmente de 10% do valor contratado. Incrivelmente essa é a eficiência ao se fazer o Traffic Shaping. É claro que as provedoras negam a prática, mas os usuários conseguem provar isso postando vídeos de tal limitação no  Youtube.


4. E a solução para isso?
A solução aparente para o problema é a encriptação no tráfego dos programas atingidos pela limitação imposta pelo traffic shaping e/ou o uso de servidores proxy, mas aí já é outro assunto que detalharei em outro post futuramente.

Um comentário:

  1. Olá, meu nome é Gabriel, moro em Lisboa, Portugal.
    Tenho uma conexão de 30Mb da Zon Tv Cabo, mas os meus downloads não passam de 120 Kb/s, quando era pra chegar aos 1,7 Mb/s, não sei o que pode estar acontecendo, mas vou a operadora reclamar, e se for preciso, vou ao tribunal de justiça e entro com um processo contra a operadora, pois o Traffic Shaping é ILEGAL.

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